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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Olfato e Memória

Um cheiro pode trazer uma enxurrada de lembranças, influenciar o humor das pessoas e afetar seu desempenho no trabalho. Como o bulbo olfativo é parte do sistema límbico cerebral, uma área tão associada com a memória que é muitas vezes chamada de "cérebro emocional", o olfato pode trazer à tona lembranças e respostas poderosas quase que instantaneamente.
O bulbo olfativo tem acesso muito íntimo à amígdala, que processa emoções, e ao hipocampo, que é responsável pelo aprendizado associativo. Apesar da ligação próxima, no entanto, os cheiros não despertariam lembranças se não fossem as respostas condicionadas. Quando você sente um cheiro pela primeira vez, você o liga a um evento, uma pessoa, uma coisa, ou a um momento. Seu cérebro produz uma ligação entre o cheiro e a memória - associando o cheiro de cloro ao verão na piscina ou lírios a um enterro. Quando você encontra o mesmo cheiro de novo, a ligação já está lá, pronta para produzir uma memória ou um humor. O cloro pode chamar uma memória relacionada a uma piscina específica, ou simplesmente deixá-lo alegre. Lírios podem deixá-lo agitado sem saber o porquê. Em parte, é por isso que nem todo mundo gosta dos mesmos cheiros.
Como encontramos a maioria dos novos odores na juventude, cheiros geralmente remetem a memórias de infância. Mas, na verdade, começamos a criar associações entre cheiros e emoções antes mesmo de nascer. Bebês expostos ao álcool, à fumaça de cigarro, ou alho ainda dentro do útero, mostram uma preferência por estes cheiros. Para eles, os cheiros que podem desagradar outros bebês parecem normais ou até mesmo confortantes.

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